2o. Cérebro

2o. Cérebro

2º. CÉREBRO

Este tema chegou até meu conhecimento durante a realização de mais um curso sobre CROMOTERAPIA ocorrido no mês de março/13. Uma das participantes perguntou-me se conhecia a existência de neurônios junto aos intestinos. Respondí-lhe que desconhecia o fato, porém, foi suficiente para instigar-me em pesquisar a respeito. O que encontrei está colocado na sequência deste artigo e espero que gostem.

Moriel Sophia – Cromoterapeuta

Sinaten 0880

 

Há pouco tempo atrás, tinha-se como conceito que os neurônios eram considerados a unidade básica da estrutura do cérebro e do sistema nervoso e que, conjuntamente com as células da neuróglia formam o tecido nervoso, responsável pela condução do impulso nervoso. Considerava-se estarem confinados ao cérebro e a outras áreas específicas, como olhos e ouvidos.

O que muitos não sabem é que existem milhões de neurônios nos tecidos do sistema gastrointestinal (estômago e intestinos), mais especificamente em relação aos intestinos e que respondem pela monitorização da ingestão de comida e adaptação do processo digestivo às necessidades nutritivas do corpo. Por vezes designado como o “segundo cérebro”, assim descrito no livro do Dr. Michel Gerson, sendo que os cientistas se referem a este sistema de neurônios como “sistema nervoso entérico”.

Os intestinos passaram a ser reconhecidos como um “órgão inteligente” por sua capacidade de selecionar entre o que comemos e o que nos é ou não útil e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central – SNC.

O chamado sistema nervoso entérico é formado por uma série de camadas de células nervosas localizadas nas paredes dos tubos intestinais. Os intestinos possuem uma rica rede neuronal, com cerca de 86 bilhões de neurônios (semelhante à medula espinhal), número igual ao de neurônios existente no cérebro. Cada um deles chega a realizar 1.000 sinapses nesta rede de 86 trilhões de pontos (média), cujas combinações entre estes trilhões de sinapses são descomunalmente imensas, produzindo uma quantidade de interrelações muito maior que o número de estrelas no universo conhecido.

As pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo cérebro/entérico (simultaneamente: cérebro e intestino) e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Em termos das células do “tipo linfócito”, o sistema imunológico dos intestinos é o mais importante do organismo e produz certas substâncias que regulam as reações imunológicas. Os intestinos ainda servem de barreira entre o exterior e o interior do organismo, sendo que a integridade dessa barreira é essencial para que a flora intestinal seja equilibrada, pela produção de secreções de muco e substâncias capazes de melhorarem esse efeito barreira.

Os intestinos necessitam de um sistema neuronal tão complexo pela responsabilidade na manutenção da vida, tarefa esta que despende muita energia durante o dia todo, cuja fonte esta presente nos alimentos e nas proteínas que contém. Ora, se os intestinos não tiverem boa coordenação de suas funções e deixarem de absorver as proteínas dos alimentos, faltará energia para todo o corpo, comprometendo a capacidade de realizar atividades físicas e mentais.

A natureza dos neurônios existentes tanto do cérebro como dos intestinos apresentam condições: associativa (conduzem as informações a serem processadas em diferentes níveis), motora (respondem aos estímulos) e sensitiva (captam os estímulos do meio ambiente e os levam aos centros nervosos onde as informações serão processadas).

Sua autonomia vem da habilidade em produzir estímulos quanto à natureza dos neurônios (sensitivos, associativos e motores), que tanto lhes permite captar as informações, como, processá-las e responder de acordo com a necessidade do momento. Em outras palavras, tal qual um cérebro os intestinos também: pensam, decidem e executam tarefas.

Sabe-se que estes neurônios intestinais são usados para perceber o tipo e a quantidade de comida, sinalizando ao cérebro as informações, de forma a que este ordene às diversas glândulas para liberarem enzimas na sequência e quantidades certas.

Fica evidenciado que só nos resta garantir a esse fantástico órgão as matérias-primas de primeira qualidade, possível através de uma alimentação saudável.

Uma dieta pobre em proteínas, além de provocar a atrofia dos neurônios do gânglio celíaco (parte do sistema nervoso simpático – SNS que inerva os neurônios da parede do intestino delgado), também provoca redução no número destes neurônios. Estas células nervosas são responsáveis pelos movimentos peristálticos (movimentos involuntários que empurram o alimento ao longo do canal alimentar) e controlam a absorção de nutrientes.

Sob o comando destes neurônios entéricos os alimentos devem percorrer o tubo digestivo a uma velocidade ideal, para que o bolo alimentar ou fecal não fique retido em lugar algum mais do que o tempo necessário. Qualquer alteração de ordem física ou mental se refletirá na aceleração/desaceleração dos movimentos peristálticos, cuja cronicidade gera consequências desastrosas, apresentando-se duas condições:

percurso lento: pode fermentar e surgir quadros como: azia, má digestão e ressecamento das fezes.

na prisão de ventre: ocorre fermentação, putrefação e oxidação do bolo alimentar, com intoxicação do organismo e congestão hepática, bem como desequilíbrio (disbiose) da flora intestinal. Surgirá um “en-fez-amento” (cheio de fezes) descontrolado, com ressecamento e acúmulo de fezes nas paredes intestinais, impedindo a absorção dos nutrientes devido ao sufocamento da mucosa, promovendo um ambiente propício à flora disbiótica e aos processos infecciosos e inflamatórios. Portanto, deduz-se com clareza que também tem influencia no humor das pessoas, referindo-se a pessoas com mau humor.

percurso rápido: advirá a diarréia que tem como principais consequências a desidratação e má absorção dos nutrientes dos alimentos.

na diarréia: a desidratação e a perda de sais minerais produzem imediatamente o desequilíbrio ácido/alcalino, sendo que a perda da fluidez dos humores e do controle sobre o metabolismo celular, provoca dificuldade quanto às células e humores: desintoxicação, nutrição, oxigenação. A deficiência dos sucos digestivos promove: má digestão, inflamações intestinais, perda da permeabilidade da mucosa intestinal, exaustão do sistema imunitário, subnutrição celular, problemas emocionais, mentais e etc.

O funcionamento intestinal deveria ocorrer da mesma forma como nos alimentamos, em média 3 vezes ao dia devido ao reflexo gastrocólico (estômago/cólon), o que nos levaria evacuar de 2 a 3 vezes ao dia, preferencialmente após cada refeição, semelhantemente aos bebês que o fazem logo após mamar. Quando não conseguimos manter a média de evacuações diárias pode-se acumular de 3 a 4 kg de matérias fecais. Assim, os detritos permanecem durante muito tempo no intestino grosso e acabam sendo fermentados. Neste processo, produzem material tóxico que será reabsorvido pelo organismo, produzindo “autointoxicação” ou toxemia. Dentre estas toxinas podemos citar a cadaverina e a amônia.

Além dos efeitos locais que a prisão de ventre pode causar (gases e cólicas), o acúmulo das matérias no cólon pode ser a causa de numerosas afecções. As toxinas produzidas pelas putrefações intestinais alcançam os órgãos vizinhos através da corrente sanguínea, intoxicando-os e degenerando-os, podendo contribuir para o aparecimento de problemas como: obesidade, fadiga, enxaquecas, celulites, alergias, problemas de pele e unhas, baixa das funções imunológicas, depressão e outros.

Existe também uma correlação muito significativa entre a frequência crescente dos cânceres do cólon nas pessoas que tem os intestinos presos devido à alimentação pobre em fibras.

Aminoácidos

São os nutrientes mais antigos que existem na face da Terra e têm desempenhado um papel fundamnental na existência da vida, desde os tempos mais primitivos até o estágio presente da evolução marcado pelo surgimento do ser humano. Desempenham diversas funções importantes no corpo e servem como material constituinte das: células, hormônios e enzimas.

Formam a estrutura das proteínas e auxiliam diretamente junto ao tecido muscular, no: reparo, crescimento e desenvolvimento. Base para a produção de mais de 50 mil proteínas e mais de 15 mil enzimas, incluindo as digestivas, que devem estar em ótimo funcionamento para que se possa aproveitar ao máximo a alimentação e a correspondente suplementação.

Existe na natureza um total de 20 aminoácidos, presentes integralmente nos organismos vegetais, sendo que o animal é capaz de produzir apenas 12 deles e os demais devem ser retirados da alimentação. Trata-se de uma molécula orgânica formada por átomos de: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N). Para os seres humanos, são:

essenciais: aqueles que o metabolismo não produz, com a ingestão de alimentos o organismo consegue suprir a carência.

não essenciais: os sintetizados pelo organismo a partir de outros.

A formação de uma proteína se dá através do encadeamento dos aminoácidos por meio de ligações peptídicas, que deve ocorrer dentro de uma sequência determinante quanto à forma e a função desta proteína. Um único erro durante a síntese protéica pode acarretar disfunções ou deficiências ao organismo, como é o caso da anemia falciforme (hemácias em forma de foice) em razão da substituição entre aminoácidos: ácido glutâmico x valina.

Depois que uma proteína é ingerida, as enzimas digestivas a quebram em aminoácidos, que são usados individualmente para a criação de novas proteínas e enzimas. Os aminoácidos individuais conseguem desempenhar funções que as proteínas não conseguem, tornando-se grandes aliados dos “shakes prtéicos” que auxiliam no ganho de massa muscular e na melhora do desempenho. Estes aminoácidos individuais possuem funções e vantagens específicas, que também podem ser combinadas.

Eles influenciam atividades farmacológicas e fisiológicas, como o: anabolismo, regulação hormonal e funções neurotransmissoras.

Quanto à alimentação, esta deve ser bastante diversificada, pois nem todos os alimentos contêm todos os aminoácidos e deve ser orientada pelos de:

origem animal: são os mais ricos em aminoácidos essenciais e procedem da: carne, ovos, leite, queijos e etc.

origem vegetal: não possuem todos os aminoácidos essenciais, logo uma dieta vegetariana precisa ser bem diversificada.

Tomando-se a água como referência, por representar cerca de 60% do corpo humano, os aminoácidos (incluindo proteínas e outros componentes) têm uma participação de 20% do total.

 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

 Discernindo sobre o tema é mais do que evidente que nossos órgãos têm memória e capacidade de processar suas funções de forma independente, pois vejam só:

sistema nervoso entérico: monitora a comida ingerida e informa o que o cérebro deve fazer para que transforme o alimento em energia para o corpo.

sistema renal: os rins são dois órgãos pequenos (em peso) e que filtram o sangue 27 vezes por dia. Em cada um deles estão presentes um milhão de néfrons, estruturas renais cujo interior de cada um deles tem o lúmen para reabsorver os componentes necessários e devolvê-los à corrente sanguínea, secretando os indesejáveis para formar a urina a ser eliminada. Como é que o sistema renal consegue saber o que deve ir ou ficar no organismo, se não tiver uma memória que lhe diga como proceder.

Quando recorremos à literatura disponível a respeito de cada um dos sistemas, não somos informados sobre os neurônios intestinais, o que nos leva a aguardar novidades a respeito dos muitos neurônios que estarão sendo revelados dentre em breve.

O eixo cérebro/entérico responde por hormônios e neurotransmissores, com alto potencial imunológico presente neste órgão. Os linfócitos presentes nos intestinos são os mais importantes do organismo, produtoras de substâncias reativas imunológicas, essencial para que a flora intestinal seja equilibrada.

Há também os neurônios do gânglio celíaco, responsáveis pelos movimentos peristálticos e que controlam a absorção de nutrientes no interior do tubo digestivo a uma velocidade ideal, pois:

lento: fermenta e faz surgir a: azia, má digestão e ressecamento das fezes.

rápido: advirá a diarréia que tem como principais consequências a desidratação e má absorção dos nutrientes dos alimentos.

 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

COR

LOCAL / TRATAMENTO

VERMELHA

Frontal – 5 segundos (estimulador mental).

LARANJA

Abdome (atua na absorção das proteínas nos intestinos e produção dos aminoácidos não essenciais).

AMARELA

Abdome (fortalece o sistema nervoso entérico e seus humores, bem como, a movimentação peristáltica local).

AZUL

Intestinos (lubrifica-o, auxiliando na peristaltia em casos de prisão de ventre / absorve gases quando da fermentação que produz azia).

VIOLETA

Intestinos (fortalecer o sistema imunológico entérico, protetor da flora intestinal / nas diarréias com infecção).

VERDE / VIOLETA / AZUL

Fígado (purificar o órgão pela constante intoxicação diante da prisão de ventre).

 

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o médico e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

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