Medo x Fobia

Medo x Fobia

MEDO E FOBIA

Introdução

               É na psiquiatria, a especialidade da Medicina onde se lida com as diferentes for­mas de sofrimentos mentais, tanto de cunho orgânico ou funcional e aque­las manifestações psicológicas severas. O medo e a fobia se encontram no rol de situações denominadas de psicopatológicas (estudos dos comporta­mentos anormais) e que são acompanhadas pelos psiquiatras ou alienis­tas“, como foram conhecidos até meados do século XX.

               Visa o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico do paciente, fazendo-se necessária uma avaliação completa (exame mental e história clínica), com perspectivas: biológica, psicológica, de ordem cultural, entre outras (psi­cológicos, neurológicos, neuropsicológicos e exames de imagem e labora­toriais). Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado através de me­dicamentos ou terapêuticas diversas (psicoterapia).

Moriel Sophia – Cromoterapeuta

Sinaten – 0880

              

               A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer “arte de curar a alma“. Aparentemente, originou-se no século V (A.C.), enquanto que os primeiros hospitais para doentes mentais foram criados na Idade Média.

               Os transtornos mentais são descritos por suas características patológicas, um ramo descritivo destes fenômenos, com algumas doenças apresentando curso breve e poucos sintomas e outras com condições crônicas de impacto na qualidade de vida do paciente, carente de tratamento a longo prazo ou por toda a vida, além do que, muitas delas ainda não têm cura. Bem se sabe que a efetividade do tratamento também varia em relação a cada caso.

               Existe o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, uma publicação da American Psychiatric Association (Washington D.C.), conhecida pela designação “DMS-IV” desde a sua 4ª. edição. Este manual fornece critérios de diagnóstico para a generalidade das perturbações men­tais, incluindo componentes descritivos, de diagnóstico e tratamento, constituindo um instrumento de trabalho de referência para os profissionais de saúde mental. Desde a publicação original (1994), observaram-se muitos avanços no conhecimento das perturbações mentais e das doenças do foro psiquiátrico. Neste sentido, existem outras várias publicações que in­corporam os resultados das investigações mais recentes, com destaque para a “DSM-IV-TR”. Quando da realização da Conferência Internacional em Genebra (1989), convocada pela Organização Mundial de Saúde para a 10ª. Revisão da Classificação Internacional de Doenças, aprovou esta classificação e a partir de 2000 está sendo utilizadas nas estatísticas de ofi­ciais de saúde.            

               O “DSM IV” divide as fobias simples em 5 tipos:

animais do tipo: aranhas, cobras, sapos e etc.

ambiente natural: trovoadas, terremotos e etc.

sangue: injeções ou feridas.

situações: alturas, andar de avião, andar de elevador, etc.

outros: medo de vomitar, contrair uma doença, etc.

Medo

               É uma palavra originária do Grego (φόβος) que significa medo em linguagem comum e representa o temor ou aversão exagerada diante de: situações, objetos, animais ou lugares.

               Viver requer sentir medo, tendo o futuro como celeiro do desconhecido e das surpresas da vida, traduzindo insegurança e conflitos na incompetência em se lidar com ele. Tem um papel fundamental na adap­tação humana, constituindo-se na resposta normal a um perigo genuíno, uma sensação normal que afeta todos os seres vivos. Proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente pelo sen­timento de ameaça, tanto física como psicológica. É um mecanismo de aprendizagem e que tem a haver com o fator evolutivo de sobre­vivência da espécie e em particular à proteção do indivíduo.

               É provocado pelas reações físicas iniciadas com a descarga de hormônios do estresse (adrenalina, corticol) no nosso corpo, que causa aceleração cardí­aca e tremores, preparando o indivíduo para “luta ou fuga”. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, como: depressão, pânico e etc.

               Em condições normais visa gerar energia que possibilite evitar ou afastar a estimula­ção nociva ao ser (Ross, 1979). É uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação e crença) que gera uma resposta de alerta no organismo.

               A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade, aonde o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que lhe causa medo.

               A técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratá-lo se chama “des­sensibilização sistemática“. A des-sensibilização é um prefixo que exprime oposição a uma relação de sensibilidade e que ganha intensidade por se fazer presente uma sistemática apurada. Foi criada por Wolpe (1948) e é composta, basicamente, por 3 passos:

treino: em relaxamento muscular profundo.

construção: de hierarquias de ansiedade.

contraposição: do relaxamento à hierarquia.

               Diante do pavor (ênfase do medo) pode se apresentar um grave problema, quando limita: comportamento, atitude e provoca um estado de ansiedade exagerado. Os casos graves de medo excessivo são aqueles que não estão de acordo com a idade do paciente, como o fato de um adulto ter medo do escuro.

               Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até o pavor, e, progressivamente, o paciente vai sendo enco­rajado a enfrentá-lo. Ao fazer isso o paciente passa, gradativamente, por um processo de reestrutu­ração cognitiva (do saber) em que ocorre uma reaprendi­zagem, ou ressignificação (que altera o significado), da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo para uma reação mais equilibrada.

               Do ponto de vista da psicologia evolutiva, ou em relação à evolução filogenética (seleção natural que a espécie sofreu), certas emoções foram desenvolvidas, permitindo ao homem sobreviver em conjunto com o: medo, amor e a raiva. Medos diferentes podem ter passado por diferentes adaptações e que foram úteis no passado evolutivo, tais como:

período Me­sozóico: medo de alturas, apresenta-se comum a todos os mamíferos.

período Cenozóico: medo de serpentes pode ser comum a to­dos os símios.

Paleolítico e Neolítico: medo de ratos e insetos pode ser único para os seres huma­nos e desenvolvidos nestes períodos de tempo em que os ratos e insetos tornam-se portadores de doenças infeccio­sas im­portantes e prejudiciais para as culturas e alimentos armazenados.

 Comentário: Meus queridos! Cabe destacar que a psicologia expressa entendimento, aceitando que nos diferentes períodos evolutivos da Terra foram mais que suficientes para gravar em nosso DNA os medos diversos que sentimos ainda intensamente neste século XXI, agravados por mais violência de cunho pessoal. Porém, não são capazes de aceitar as teorias reencarnacionistas da continuidade da vida, aonde nossos “espíritos/almas” são os valores coadjuvantes desta “psicologia evolutiva” e que perpetuam medos desenvolvidos pelos intensos e continuados abusos contra a vida humana, ofensas aos direitos individuais praticados contra a mulher, realizado por “espíritos reencarnados e ensandesidos” que ainda não receberam a devida lição de reaprendizado quanto ao indispensável respeito ao próximo. O que se há de fazer!!!

Fobia

               Espécie particular de medo, assim classificada quando passa a com­prometer as relações sociais e a causar sofrimento psíquico. Alguns tipos são de grande magnitude para as situações desencadeantes e recebem o nome de fobias (Versiani, Nardi e Mundim, 1989).

               É também uma palavra de origem grega phobia”, que por sua vez deriva-se da palavra phobos”, que por sua vez representa o nome de um deus grego, com significado de “pânico, terror”. Esse deus provo­cava, segundo a lenda, medo intenso em seus inimigos, pois sua face era terrivelmente feia.

               Afetam todas as idades, estratos sociais, estilos, países e culturas. É um transtorno psicológico caracterizado por uma sensação de medo persistente que limita a vida do indivíduo, podendo ser de: uma pessoa, animal, situação ou até mesmo de um objeto. É um medo irracional ou exagerado de objetos, situações ou funções corpóreas que podem não representar perigo real, mas que pode fazer surgir sintomas reais, como: dor de estômago, náuseas ou diarréia, entre outros.

              Sob o ponto de vista clínico, no âmbito da psicopatologia, as fobias fazem parte do espectro dos transtornos de ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações particulares.

               Quando a fobia é muito intensa e interfere na atividade do cotidiano, pode ser justificável o encaminhamento a um psicólogo ou a um psiquiatra. Algumas pessoas parecem recuperar-se dela, voltando a apresentá-la após uma doença real.

               Para o tratamento das fobias, qualquer que seja a técnica escolhida, é fundamental que o cliente esteja motivado para eliminar o comportamento fóbico, mesmo que isso signifique certo grau de custo energético no processo.

               Segundo Selye (1959), essa manifestação se constitui de três fases:

de alarme: ou estresse agudo, na qual a medula da suprarrenal secreta hormônios na corrente sanguínea (noradrenalina – Nad / adrenalina – Ad), pela ativação do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, liberando ACTH, que estimula a secreção de glicocorticóides pelo córtex da suprarrenal, caso seja intenso.

de resistência: estresse crônico, tendo a glândula adrenal como principal geradora de respostas, através dos glicocorticóides, aumentando a atividade do córtex da suprarrenal, com tendências de atrofia do: baço, estruturas linfáticas, leucocitose, diminuição de eosinófilos (células imunológicas) e ulcerações. Caso o agente estressor permaneça, a fase perdura mesmo modificada, levando a falhas no mecanismo de defesa, com o indivíduo entrando em outra fase.

de exaustão: reconduz à fase de alarme, com novas reações que podem extrapolar o caráter inicial protetor além das necessidades e causar efeitos indesejáveis por doenças e possibilidade de morte. A reação psicossomática (que ocorre psíquica e corporalmente) ao estresse pode ser considerada uma falha na defesa, cujo alerta se traduz por sistemas somáticos alteradores nos tecidos do corpo (doenças autoimunes).

Síndrome de Adaptação Geral

               De modo geral, a fobia é um caso específico de ansiedade gerada por es­tressores provenientes do meio ambiente, definida dentro da “síndrome de adaptação geral”, representada através de um conjunto de reações não específicas desencadeadas quando o organismo é exposto a um estímulo ameaçador à manutenção da homeostase, ou seja, do equilíbrio do meio interno do homem. Interagem com um organismo sensível, portanto, sus­cetível à ação de tais estressores, somados a essa ansiedade os padrões his­tóricos e culturais.

               Definindo-se ansiedade, diz-se que é o nome que se dá à emoção que segue a percepção de se es­tar sob a ameaça de alguma punição, podendo ser algo penoso ou desagradável que alguém é obrigado a suportar. No entanto, a emoção é a que an­tecede a perda, que por seu lado se transforme em “tristeza”, sentimento ligado à frustração. Atua como advertência de que é possível fugir de puni­ção ou esquivar de frustração futura, desde que ocorram adaptações por parte do ser humano.

               As emoções, no entanto, podem sofrer alterações e se desregularem como qualquer outra função do organismo. Na ocorrência da ansiedade, não ha­verá adaptação e serão estabelecidos riscos sociais à pessoa que a vivencia, impedindo-a de perceber perigos reais ameaçadores ou ferir regras sociais estabelecidas pela cultura e que devem ser seguidas. Dentro deste quadro, somos presos pela ansiedade e prejudicados no desempenho de tarefas em que se requer: raciocínio lógico, concentração e decisões rápidas.

Tratamento

               Qualquer tipo de fobia que interfira na vida diária de uma pessoa e que cause extrema inabilidade deve ser sujeita a tratamento, desde que adequada à vasta maioria de pacientes com fobias, que ultrapasse com­pletamente seus medos e os liberte dos sintomas durante muitos anos, se não para toda a vida. Um especial relevo deve ser dado à utilização da tera­pia cognitivo – comportamental (linha psicoterápica), medicação ou a combinação de ambas.

               Na terapia comportamental, o paciente com fobias recebe a ajuda de um tera­peuta comportamental e é inserido num programa planeado, que o leva ao enfrentamento do ob­jeto ou situação temida. Gradualmente vai aprendendo a forma de conse­guir controlar as reações de medo tanto, físicas como mentais, pela confrontação do objeto de medo, sem a tentativa de evitá-lo (evitação), permitindo ao fóbico perder o medo e o terror que um dia já sentiu em relação a esse mesmo objeto ou si­tuação.

               O concurso à medicação se faz presente para controlar a experiência de pânico vivida du­rante a situação fóbica, bem como pela ansiedade causada pela antecipação da situação. Deste modo, é muitas vezes utilizada para tratar a fobia social e a agorafobia. A conjunção de ambos os métodos terapêuticos parece ser aquela que preconiza maiores taxas de sucesso.

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

               Como a origem está no medo, uma vez que a fobia é o açodamento deste, vê-se a presença do temor comprometer a estrutura psicológica do indivíduo pressionado por diferentes: situações, objetos, animais ou lugares.

               É atestado que viver, ou seja, aproveitar a vida no seu melhor, só é possível se tiver a companhia do medo, como filtro natural do ser humano que proporciona semelhantemente à dor (sinalizador orgânico para algo que está errado), uma resposta normal a um perigo que o mantém em “estado de atenção”. Um estado de alerta quanto à sobrevivência, traduzido pelo sen­timento de ameaça, tanto física como psicológica. O organismo quando provocado, reage fisicamente com a descarga em nosso corpo, de hormônios do estresse (adrenalina, corticol), provocando aceleração cardí­aca e tremores corporais no preparo do indivíduo para “luta ou fuga”. O medo intenso ou um choque emocional podem anular o sistema nervoso autônomo, anulando os esfíncteres e provocando reações orgânicas extemporâneas, tais como a micção e a defecação.

               Devemos considerar que, junto ao perfil de quem apresenta o binômio medo/fobia pode estar presente a: depressão, pânico e sua síndrome, dor de estômago, náuseas ou diarréia, entre outras condições fóbicas. Sabe-se também que o medo é precedido pela ansiedade, com a já presença do temor que o indivíduo tem diante da possibilidade do reencontro com a situação ou objeto que lhe causa medo. Assim posto também se pode classificar como presentes as: convulsões, epilepsia, entre outras.

               Embora a convulsão seja classificada como uma alteração singular da atividade elétrica no córtex (uma anormal atividade elétrica neuronal) e o ataque epiléptico o resultado da doença epilepsia (síndrome persistente), sabe-se pela literatura espiritualista que, através das oscilações áuricas. De antemão, o epilético/convulsivo ao se assenhorear da presença da discórdia junto dele entra nestes estágios, quadros estes que podem ser considerados como de caráter obsessivo”. O presente texto diz que, quando diante do pavor (ênfase do medo) pode se apresentar grave limitação de: comportamento, atitude e provocando um estado de ansiedade exagerado. O perfil apresentado casa perfeitamente com os casos graves de medo excessivo, diante do desacordo com a idade do paciente.

               Resumindo o que diz Selye, verificam-se as fases:

estresse agudo: com a medula da suprarrenal produzindo seus hormônios.

estresse crônico: glândula adrenal superativa provocando atrofias orgânicas que produzem falhas no mecanismo de defesa, com o indivíduo entrando em outra fase.

exaustão do estresse agudo: causar efeitos indesejáveis por doenças e possibilidade de morte. Como explicado anteriormente, a reação psicossomática ao estresse pode ser considerada uma falha na defesa, cujo alerta se traduz por sistemas somáticos alteradores nos tecidos do corpo, através das doenças autoimunes.

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

COR

LOCAL / TRATAMENTO

VERMELHA

Frontal – 5 segundos (estimulador mental) / Coluna (reativa o sistema nervoso autônomo, fortalecendo a imunidade e desfazendo o sentimento de medo).

LARANJA

Frontal – 5 segundos (elimina o sentimento de medo quanto ao futuro).

ÍNDIGO

Frontal (reconduz à consciência plena).

PRETA / VERMELHA / VIOLETA

Nuca+Umbilical (desobsessivo, na presença de convulsões e epilepsia).

ROSA / DOURADA

Cardíaco (fortalece a autoestima, elimina a depressão e o pânico).

VERDE / ROSA / AZUL

Local (anti-histamínico a qualquer alergênico) / Cabeça (calmante e antiestressante) / Rins (anti-hiperativo renal).

VERDE

Coração+Cardíaco (reduz as cardiopatias e relaxa nos choques emocionais) / Corpo (atua na prontidão/relaxamento).

VERDE / VIOLETA

Corpo (antiestressante, relaxa os nervos/ musculos e fortalece o sistema imunológico).

 

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. A Cromoterapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações são de caráter educativo e é permitida a total reprodução. As fontes utilizadas na redação deste artigo originaram-se da Internet e foram suprimidas intencionalmente com o propósito de que o presente artigo não seja utilizado com outro objetivo a não ser o acima citado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


*